Boliviana de Peru, as composições de Cecila Paredes são universais e representam a unificação do belo. Singelas superfícies com uma conotação erótica tomam forma com o corpo da própria artista numa interessante e inteligente confusão deliberada de plano de fundo inspirado na natureza e a própria natureza do modelo de corpo humano.
Através de bem empregadas técnicas sobrepostas de pintura corporal e uso vestimentas pré-elaboradas com bases nos fundos expostos, Cecilia Paredes se funde com as paisagens, tornando-se uma como o todo e levando aos observadores reflexões acerca da importância de si próprios junto a manutenção e inserção responsável no meio ambiente.
Com exposições recorrentes tanto na Bolívia quanto nos EUA, lugar este último onde atualmente reside, a artista e suas composições de destacam junto ao meio artístico justamente pela inteligente representação exposta, agregando à estética como um todo uma singular dimensão de sonho e realidade, meio e fim.
Mais de 5 mil pessoas (incluindo eu) se reuniram na noite do dia 04 de março para juntos celebrarem o show daquela que é considerada um dos exponentes máximos do punk/rock. Formada em 1983, em Berkeley, na Califórnia, a banda NOFX é uma das últimas remanescentes e legítima representante do punk. O movimento, surgido na década de 70 com a banda norte-americana Ramones e as inglesas Sex Pistols e The Clash, que englobava toda uma forma de se vestir, atitudes, rebeldia contra o sistema e música marcada por bicordes tão repetitivos quanto desenfreados.
Os shows no Brasil (passaram antes por Curitiba e Porto Alegre) fazem parte da turnê internacional da banda para promover o álbum Coaster, lançado no ano passado. Eles também estão divulgando o novo DVD duplo NOFX Backstage Passport, com cenas inéditas do grupo em seus shows pelo mundo, inclusive pelo Brasil, Argentina, Peru, Chile, Japão, China e África do Sul.
A banda abriu de cara com a música que levou o quarteto à fama entre os roqueiros americanos, Linoleum. Daí em diante foi um festival de músicas, Seeing Double at The Triple Rock, The Brews, We Called It America, Fuck The Kids e It’s My Job To Keep Punk Rock Elite, não exatamente nessa ordem, toda cantaroladas e agitadas pela platéia que ali freneticamente se debatia entre os presentes. Do meio das rodas era possível escutar os gritos de felicidade a cada acorde de Reeko, Drugs Are Good, Eat The Meek, Punch Her In The Cunt, Bob e Live It Alone. Outro bom momento foi o animadíssimo cover de Radio, clássico do Rancid que a banda gravou no famoso split BYO Split Series, Vol. 3, onde a banda de Tim Armstrong toca covers do NOFX e a banda de Fat Mike retribuiu a gentileza.
Em certo momento do show, ao ser atingido no rosto por um objeto, que depois foi contato ser um chinelo tipo “havaianas”, Fat Mike disse: “Ei, não joguem chinelos em mim… Mas espere aí… Quem diabos vem de chinelos em um show punk?”, perguntava inconformado o líder da banda.
Do início ao fim, o show foi marcado pela presença dos maiores hits da banda, que com fôlego de garotos de 18 anos, não davam trégua a agitada platéia, emendando música após música até ao término do espetáculo, marcado por uma imensa e interminável salva de palmas à banda, que fora retribuída com calorosos obrigados e a promessa de voltarem o quanto antes às terras paulistanas, lugar este que pela sua terceira vez teve a oportunidade de receber os caras da banda.
Com um sentimento de quero mais, deixo aqui minhas palavras: Voltem Sempre!!