Arquivo para miséria

A Desigualdade Social Búlgara em Preto e Branco, Fotografias de Dimitar Variysky

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/09/2011 by Bronx1985

Em maior concentração em países em desenvolvimento, como o Brasil, porém presente em todos os demais lugares e nações do mundo, a pobreza e desigualdade social são problemas que afetam muitas pessoas, levando a mesmas a viverem em condições humilhantes e muitas vezes desumanas.

Dentro deste contexto, o fotógrafo búlgaro Dimitar Variysky sabe como poucos retratar em preto e branco a realidade e conseqüências da pobreza na vida das pessoas. Focado nos grandes centros cosmopolitas búlgaros e europeus, Variysky nos apresenta uma realidade crua e surreal, esta muitas vezes esquecida pelos mais afortunados ou simplesmente escondida por políticos e demais autoridades.

Talvez não tão chocante assim para nós brasileiros pelo fato de presenciarmos tais cenas freqüentemente em nossos cotidianos, o trabalho do fotógrafo é digno de respeito pela técnica e engajamento empregados, visto que também se é possível encontrar beleza em suas imagens através de uma contemplação mais sincera e não dotadas de preconceitos mundanos.

Portfólio: dechobek.deviantart.com

Portfólio: dechobek.deviantart.com

Dorothea Lange e a Grande Depressão Americana dos Anos 30

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/05/2011 by Bronx1985

Dorothea Lange (Hoboken, 26 de maio de 1895 — 11 de outubro de 1965) foi uma fotógrafa norte americana que ficou famosa pelas suas fotografias em uma época onde a profissão era exercida apenas por homens. Com um olhar tão clínico quanto feminino, suas fotografias representam para a história americana uma época de miséria e segregação humana.

Nos anos 1930, ao serviço da Farm Security Administration (FSA), ela percorreu vinte e dois estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses.

Lange é a autora da fotografia “Mãe Emigrante” (foto abaixo nº 9), de 1936. Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e uma das mais reproduzidas da história da fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações.

A Vida, A Morte e As Fotografias de Kevin Carter

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/05/2011 by Bronx1985

Kevin Carter, nascido em 13 de setembro de 1960, foi um premiado fotógrafo jornalístico da África do Sul, muito famoso por suas imagens fortes sempre de cunho jornalístico que retratavam em sua maioria as questões sócias do seu continente natal, assim como a desigualdade social, a má distribuição de renda, o preconceito e a séria questão da fome na África.

Sua foto mais conhecida e que chocou o mundo quando revelada em 1993, trata-se de uma imagem de uma menina nos adentros do continente africano que havia parado para descansar ao esforçar-se para chegar a um centro de alimentação, onde um abutre tinha aterrado próximo. Ele disse que esperou aproximadamente 20 minutos, esperando que o abutre abrisse suas asas. Não o fez. Carter tirou a fotografia e perseguiu o abutre para afastá-lo. Entretanto foi criticado por somente estar fotografando e não ajudando a pequena menina.
Em 2 de abril de 1994 Nancy Buirski, um editor estrangeiro de fotografias do New York Times, telefonou para Carter para informar que ele tinha ganho o mais cobiçado prêmio de fotografia. Carter foi condecorado com o Prêmio Pulitzer por Recurso Fotográfico em 23 de maio de 1994 na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque.

Em 27 de julho de 1994 levou seu carro até um local da sua infância e suicidou-se utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escape para dentro de seu carro. Ele morreu envenenado por monóxido de carbono aos 33 anos de idade, deixando do nos um portfólio não tão extenso quem questões de quantidade de fotografia, porém algumas tão notáveis quanto reflexivas até hoje para a humanidade como um todo.

Partes da nota de suicídio de Carter diziam:
“_Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para o aluguel.. Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as dívidas… Dinheiro!!!… Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor… Pelas crianças feridas ou famintas… Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policiais, carrascos… Se eu tiver sorte, vou me juntar ao Ken…”

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