Artista canadense de extremo talento para o expressionismo da arte, Dave Barnes envolve a prática de transformar o conceito moderno de revelar um clima nostálgico, por vezes referido como “Oldification”.
Através do uso super inteligente dos mais diferentes tipos de materiais, destaco aqui elementos reciclados, tintas plásticas manipuladas de modo a se desbotarem e papéis diversos (revistas e jornais na maioria), Barnes produz as mais modernas e inusitadas obras, estando as mesmas sempre atreladas à muito bom humor, críticas e mensagens subliminares, elementos estes intrínsecos a personalidade do artista.
Questionado sobre os reais motivos de uma arte tão “estranha” e interessante, o canadense foi meticuloso ao responder:
_Vou tentar usar a arte como uma tradução da experiência e observação de que deriva a inspiração do ambiente e da memória.
A apresentação do Megadeth em São Paulo neste sábado (24) não decepcionou quem esperava a exceução na íntegra do clássico Rust in Peace, de 1990, mas também contava com outros sucessos de uma das bandas pioneiras do thrash metal americano. O generoso setlist de 21 músicas, maior que os de Recife (20) e Brasília (22), eletrizou os fãs paulistas, que deixaram poucos espaços vazios no Credicard Hall.
A instrumental Dialectic Chaos, do mais recente álbum, Endgame, lançado em 2009, abriu o show, que começou com um pequeno atraso de um pouco mais de cinco minutos (estava previsto para as 22h), e o primeiro bloco de músicas da noite, que contou com This Day We Fight, In My Darkest Hour, Sweating Bullets, e o hit Skin O’My Teeth, cantado em coro pelo público.
Nesse momento, o vocalista e guitarrista Dave Mustaine fez uma parada para cumprimentar os fãs, agradecer a presença de todos e comentar que o fato de não haver banda de abertura em São Paulo possibilitou um setlist maior que o de outros shows no Brasil. Em seguida, o frontman emendou a frase “nós sabemos porque estamos aqui” e iniciou a execução de Rust in Peace.
Outro sucesso que fez a plateia pular e cantar junto foi Symphony of Destruction, de Countdown to Extinction (1992), em que o público encaixava a palavra Megadeth nos trechos de guitarra que intercalam a parte falada da música. Com um “Thank you very much” de Mustaine, o show foi supostamente encerrado.
Cinco minutos depois, às 23h42, o vocalista volta, sem camisa, para o bis e começa a conversar com a plateia, introduzindo outro hit, A Tout Le Monde, gravado originalmente em Youthanasia (1994) e reeditado em United Abominations (2007), com a participação da vocalista italiana Cristina Scabbia (Lacuna Coil). A música foi a mais cantada pelo público do começo ao fim.
Para encerrar a noite de duas horas de heavy metal, pouco após a meia-noite, a banda executou Peace Sells, clássico encontrado em Peace Sells…But Who’s Buying? (1986), e pedido em massa durante o intervalo para o bis.
Auto intitulado artista surrealista de tendências fetichistas e insinuações pornográficas, Brian M. Viveros é americano e considerado um dos mais influentes e talentosos artistas de design gráfico. Suas criações traduzem o peculiar jeito do autor em transpor para o campo do visual sentimentos e passagens carregadas de erotismo e sensualidade, sempre à elas agregados elementos politicamente incorretos, como cigarros e sangue.
Compostas por traços fortes e cores vibrantes, as obras fetichistas de Vivero já lhe renderam a sua divulgação em diversas revistas de natureza pornográfica, além de alguns prêmios em feiras e exposições eróticas pela Europa e EUA.
Suas sempre mulheres misteriosas, seus olhos com nítidas menções de desejo e os cigarros nos cantos das bocas tornarem-se marca registrada do americano, sua arte é uma mistura única de diferentes conceitos visuais artísticos, destaco o surrealismo, RPG e fantasias de expressionismo de dor, como aquelas onde as mulheres são viciadas, torturadas e presas, mas de alguma forma, mesmo nessas cenas mórbidas, ele é capaz de manter uma dose decente de humor.