Arquivo para graphic novel

A Arte Conceitual de Dave Mckean

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/07/2010 by Adriana Almeida

Dave McKean (nascido em 29 de dezembro de 1963 em Maidenhead, Inglaterra) é um cultuado ilustrador inglês que tem em seu currículo incursões também na música (pianista de Jazz e fundador da Feral Records) e no cinema (diretor de MirrorMask em 2005 e a arte conceitual de Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban, por exemplo). 

No Brasil, Dave McKean é conhecido em especial pelas belíssimas capas conceituais das graphic novels Sandman, de Neil Gaiman. Mas além de várias outras HQs ilustradas por Dave, ele também assina várias capas de CD e de livros além de ter publicado diversos livros de ilustração contando suas viagens iconograficamente e livros infantis em parceria com seu amigo Neil Gaiman. 

Sua carreira se iniciou em 1987, depois de ter tentado sem sucesso trabalho como ilustrador no mercado nova iorquino no ano anterior. Nesse momento se estabeleceu uma parceria bem sucedida e duradoura com Neil Gaiman, tendo como trabalho de estréia a capa da Graphic Novel Violent Cases. 

Misturando em perfeita harmonia técnicas variadas como desenho, pintura, fotografia, colagem  digital e escultura, sua arte é totalmente conceitual, simbólica e mítica. Os diversos elementos que compõe a imagem final, possuem em si sentido e funcionam quase como pistas para compreender mensagens ocultas e significados escondidos em suas obras… 

Portfólio: mckean-art.co.uk/ 

Portfólio: mckean-art.co.uk/ 

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A Delicada Agressividade de Kent Williams

Posted in PINTURAS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/07/2010 by Adriana Almeida

Robert Kent Williams é um americano conhecido tanto por seu talento como pintor figurativo como por ser um renomado ilustrador de graphic novels. Seu trabalho figura em diversas coletâneas e exposições, tendo ganhado vários prêmios, incluindo o Yellow Kid Award, um prestigiado prêmio para quadrinhos na Itália.

Pós-graduado pelo Instituto Pratt de Nova York, Williams voltou a este instituto como instrutor visitante, e desde então passou a lecionar em diversas instituições de ensino, normalmente a disciplina pintura figurativa contemporânea.

O trabalho de Kent Willians é agressivo, erótico de forma recorrente e muitas vezes, violento. Entretanto, nas entrelinhas de suas pinceladas, há uma delicadeza quase pueril, uma espécie de retorno à infância. Essas características independem do conteúdo da imagem, seja em uma singela cena familiar ou retratando um homem sem suas vísceras, o traço de Kent é assim: esse misto de agressividade e gentileza. Nessa constante dicotomia entre ousadia e sutileza, sua obra conta uma história, tece simbolismos e nos retrata. E faz isso de forma intensa e penetrante, com todas as nossas qualidades. E nossos defeitos.

Portfólio: kentwilliams.com

Portfólio: kentwilliams.com

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Will Eisner e a Arte Sequencial Gráfica

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/07/2010 by Adriana Almeida

William Erwin Eisner, um americano nascido em 1917 e falecido em 2005, era um cartunista/quadrinista clássico no meu modo de ver. Seu traço, impecável, não possui arroubos de genialidade ou vanguardismo. É simples, direto, clean. São sem dúvida ilustrações interessantes, mas nunca me provocaram suspiros ou arrebatamento. Por isso, não estou aqui para apresentar a arte de Will Eisner, mas sim a contribuição que ele prestou a arte. Uma pequena inversão que em certo ponto, se confunde e volta ao seu traço.

Eisner é o mais importante artista da história das HQs e o responsável pelo desenvolvimento e pela evolução/revolução nesse gênero, transformando em canal de propagação artística e veículo de comunicação de vanguarda acessível às massas.

Desde sempre trabalhou com histórias em quadrinho. Mas o criador de clássicos como Spirit, teve seu ponto de virada em 1978, quando publicou “Um contrato com Deus“, a primeira Graphic Novel (cuja tradução literal é Novela Gráfica, ou seja, um romance em quadrinhos) da história da indústria gráfica. Alí inaugurou-se uma nova era, onde as HQs ganharam conteúdo e profundidade, tanto em textos como em arte. Nessa era da Arte Sequencial Gráfica, termo cunhado por Will Eisner, a arte encontrou um novo veículo e aquele veículo encontrou a arte.

Esses termos, “Graphic Novel” e “Arte sequencial gráfica“, foram considerados pedantes e pernósticos por alguns. A cultura underground é rançosa, e costuma se ressentir quando acreditam que alguém “traiu a causa”. Bandas de rock de porão ganham a alcunha de vendidos quando fazem sucesso; filmes cult passam a ser execrados pelos seus primeiros fãs quando atingem as grandes massas. E por isso, as tentativas de Will de transformar os quadrinhos em algo melhor que as mediocridades dos gibis com bichos e bonecos engraçadinhos com diálogos que tinham a profundidade de píres virados do avesso e desenhos multi-coloridos e previsíveis que possuiam ZERO de significado ou relevância, incomodou aqueles que tecem suas apreciações pelo que é cult muito mais do que pelo que possui real valor estético. Will dizia aos aspirantes a quadrinistas: “leiam livros, pensem em histórias inteligentes antes de pensar em desenhos espetaculares.” Os tais desenhos espetaculares, verdadeiras obras de arte vendidas em bancas de jornal, viriam no rastro desse conteúdo, dessa profundidade, desse valor literário. E de fato veio. Os diversos artistas que ganharam o Will Eisner award (criado em 1988) por seus trabalhos geniais em HQ que o digam…

Portfólio: willeisner.com

Portfólio: willeisner.com

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