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Escavando o Próprio Caminho II – Flávio Augusto Ribeiro

Posted in PINTURAS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/02/2011 by Adriana Almeida

Continuando a série destacando o trabalho de ilustradores nacionais pouco conhecidos, seguimos com Flávio Augusto Ribeiro.

O mineiro de Juiz de Fora, Flávio tem um talento que impressiona. Anos atrás, acompanhei seu trabalho para uma série de livros chamada Crônicas da Sétima Lua, e elas me tiraram o fôlego. Não só eram excepcionalmente lindas, como reproduziam com perfeição a idéia central do livro. No decorrer de alguns anos em que acompanhei seu trabalho para esse e outros livros, foram dezenas de ilustrações, todas acertando exatamente no ponto central.

Seu talento para as imagens relacionadas à literatura fantástica é incontestável, e torna a fantasia em realidade. Mas ele é extremamente eclético. Trabalhando mais recentemente para a revista infantil Recreio, é possível ver em seu portfólio imagens totalmente diferentes dessas que selecionei, e ainda assim, perfeitas na adequação ao conteúdo que retratam, além de ser possível ver em seu blog várias imagens em diferentes estágios de finalização, acompanhando seu processo de produção.

Porfólio: norwoodfisher.blogspot.com

Porfólio: norwoodfisher.blogspot.com

Escavando o Próprio Caminho I – Alexandre Bar

Posted in PINTURAS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/02/2011 by Adriana Almeida

Eles têm muita coisa em comum. São brasileiros. São talentosos. São ecléticos. E estão escavando na unha seu caminho para terem sua arte reconhecida e poderem viver do talento que possuem.  Em seus currículos não há exposição em museus famosos. Através do trabalho duro, eles acumulam trabalhos em algumas revistas ou livros, e alguns trabalhos conseguidos no mercado exterior. Nada ainda que os coloque em destaque como desejam e merecem. Mas eles estão lá, batalhando todo dia na prancheta e no photoshop, perseguindo um caminho que aos olhos dos apreciadores de arte, parece fácil, mas é suado como todos os caminhos… Essa série de posts são pagamentos de uma dívida. Ilustradores que conheço e que me impressionam diariamente com seu talento, mas que ainda não possuem reconhecimento condizente com o trabalho que executam. Embora sejam muitos os que se encaixam nesses critérios, irei selecionar apenas alguns, não baseado no talento mas na suas capacidades de se renovarem e se adaptarem para viver de arte, sem perder suas características próprias.

Ilustrar é uma tarefa difícil. É pegar uma idéia alheia e transformá-la em imagem, de forma a respeitar o conteúdo original, mas também superá-lo, colocando um pouco de si no produto final. Diferente do trabalho artístico independente, a partir de idéias pessoais, ilustrar é a arte cooperativa e é uma experiência social. É preciso ser duplamente talentoso, para ser capaz de compreender a arte textual de alguém e transformá-la em iconográfica.

O paulista Alexandre Valença Alves Barbosa, ou Alexandre Bar, é formado em publicidade e propaganda e como “day job” é professor universitário. Mas de fato é Ilustrador, cartunista, chargista e quadrinista. Quem trabalha com ele lhe dá o singelo apelido de Fast & Furious (Rápido e Furioso), já que é impressionante a rapidez com quem finaliza seus trabalhos, sempre no prazo e dentro das especificações, características que valem ouro no mercado da arte comercial. Mas o resultado também é sempre surpreendente, dando vida às palavras e idéias que ilustra com uma invejável clareza e com um traço que é indiscutivelmente, o traço do Bar…

Porftólio: alexandrebarbosa.com e artesdobar.blogspot.com

Porftólio: alexandrebarbosa.com e artesdobar.blogspot.com

O Talento Genético e Completo de Mercedes Helnwein

Posted in PINTURAS, VIDEOBLOG with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/01/2011 by Adriana Almeida

Mercedes Helnwein nasceu em Viena, Áustria e viveu boa parte de sua vida na Irlanda, tendo feito de Los Angeles, EUA, recentemente sua segunda residência. Filha do renomado pintor e fotógrafo Gottfried Helnwein, ela é uma artista completa: ilustradora, escritora (com romances publicados como “The Potential Hazards of Hester Day”, seu livro de estréia, e “Devil Got Religion”) e produz vídeos, experimentais por assim dizer, com seu irmão Ali Helnwein, que é responsável pela trilha sonora.

Seus vídeos combinam uma estética retro com dilemas contemporâneos, e seus desenhos, muitas vezes storyboard desses vídeos e de seus livros, são realistas, levemente angustiantes, com um tom noir e um incrível domínio de luz e sombra. Além disso, seus desenhos tem títulos inquietantes e evocativos, que acrescentam conteúdo extra para a apreciação do expectador, mostrando sua veia literária ao contar uma história não só com o desenho em si, mas também com o título escolhido. Todos esses dotes artísticos combinados, fazem de Mercedes um nome de ponta no cenário contemporâneo da arte.

Portfólio: mercedeshelnwein.com

Portfólio: mercedeshelnwein.com

O Mundo Desvelado, por Maciej Koniuszy

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/08/2010 by Adriana Almeida

O mundo está la fora para ser desvelado e de certa forma, é trabalho do fotógrafo fazer isso, em uma espécie de debate entre o objeto, quem o fotografa e quem vê a fotografia. É assim que Maciej Koniuszy, um fotógrafo polonês, define sua arte: “Quando eu levo a câmera na minha mão, o que eu desejo é descobrir o que está oculto. Ocultar banalidade, redescobrir vulgaridade. Para transformar, modificar, para surpreender.

Maciej fotografa paisagens urbanas ou naturais, e com uma perspectiva criativa, ele revela significados ocultos nas paisagens corriqueiras, colocando poesia no dia a dia. Apesar de ser extremamente bem sucedido em retratar as cores do mundo, são suas fotografias em P&B que merecem maior destaque. Ricas em contraste e aproveitando a luz natural de forma surpreendente, as fotos de Maciej são composições ricas em conteúdo emocional, mostrando não só como o mundo é, mas como o vemos e como ele deveria ser.

Portfólio: koniuszy.com

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Will Eisner e a Arte Sequencial Gráfica

Posted in FOTO ENSAIOS with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/07/2010 by Adriana Almeida

William Erwin Eisner, um americano nascido em 1917 e falecido em 2005, era um cartunista/quadrinista clássico no meu modo de ver. Seu traço, impecável, não possui arroubos de genialidade ou vanguardismo. É simples, direto, clean. São sem dúvida ilustrações interessantes, mas nunca me provocaram suspiros ou arrebatamento. Por isso, não estou aqui para apresentar a arte de Will Eisner, mas sim a contribuição que ele prestou a arte. Uma pequena inversão que em certo ponto, se confunde e volta ao seu traço.

Eisner é o mais importante artista da história das HQs e o responsável pelo desenvolvimento e pela evolução/revolução nesse gênero, transformando em canal de propagação artística e veículo de comunicação de vanguarda acessível às massas.

Desde sempre trabalhou com histórias em quadrinho. Mas o criador de clássicos como Spirit, teve seu ponto de virada em 1978, quando publicou “Um contrato com Deus“, a primeira Graphic Novel (cuja tradução literal é Novela Gráfica, ou seja, um romance em quadrinhos) da história da indústria gráfica. Alí inaugurou-se uma nova era, onde as HQs ganharam conteúdo e profundidade, tanto em textos como em arte. Nessa era da Arte Sequencial Gráfica, termo cunhado por Will Eisner, a arte encontrou um novo veículo e aquele veículo encontrou a arte.

Esses termos, “Graphic Novel” e “Arte sequencial gráfica“, foram considerados pedantes e pernósticos por alguns. A cultura underground é rançosa, e costuma se ressentir quando acreditam que alguém “traiu a causa”. Bandas de rock de porão ganham a alcunha de vendidos quando fazem sucesso; filmes cult passam a ser execrados pelos seus primeiros fãs quando atingem as grandes massas. E por isso, as tentativas de Will de transformar os quadrinhos em algo melhor que as mediocridades dos gibis com bichos e bonecos engraçadinhos com diálogos que tinham a profundidade de píres virados do avesso e desenhos multi-coloridos e previsíveis que possuiam ZERO de significado ou relevância, incomodou aqueles que tecem suas apreciações pelo que é cult muito mais do que pelo que possui real valor estético. Will dizia aos aspirantes a quadrinistas: “leiam livros, pensem em histórias inteligentes antes de pensar em desenhos espetaculares.” Os tais desenhos espetaculares, verdadeiras obras de arte vendidas em bancas de jornal, viriam no rastro desse conteúdo, dessa profundidade, desse valor literário. E de fato veio. Os diversos artistas que ganharam o Will Eisner award (criado em 1988) por seus trabalhos geniais em HQ que o digam…

Portfólio: willeisner.com

Portfólio: willeisner.com

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