A Vida, A Morte e As Fotografias de Kevin Carter
Kevin Carter, nascido em 13 de setembro de 1960, foi um premiado fotógrafo jornalístico da África do Sul, muito famoso por suas imagens fortes sempre de cunho jornalístico que retratavam em sua maioria as questões sócias do seu continente natal, assim como a desigualdade social, a má distribuição de renda, o preconceito e a séria questão da fome na África.
Sua foto mais conhecida e que chocou o mundo quando revelada em 1993, trata-se de uma imagem de uma menina nos adentros do continente africano que havia parado para descansar ao esforçar-se para chegar a um centro de alimentação, onde um abutre tinha aterrado próximo. Ele disse que esperou aproximadamente 20 minutos, esperando que o abutre abrisse suas asas. Não o fez. Carter tirou a fotografia e perseguiu o abutre para afastá-lo. Entretanto foi criticado por somente estar fotografando e não ajudando a pequena menina.
Em 2 de abril de 1994 Nancy Buirski, um editor estrangeiro de fotografias do New York Times, telefonou para Carter para informar que ele tinha ganho o mais cobiçado prêmio de fotografia. Carter foi condecorado com o Prêmio Pulitzer por Recurso Fotográfico em 23 de maio de 1994 na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque.
Em 27 de julho de 1994 levou seu carro até um local da sua infância e suicidou-se utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escape para dentro de seu carro. Ele morreu envenenado por monóxido de carbono aos 33 anos de idade, deixando do nos um portfólio não tão extenso quem questões de quantidade de fotografia, porém algumas tão notáveis quanto reflexivas até hoje para a humanidade como um todo.
Partes da nota de suicídio de Carter diziam:
“_Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para o aluguel.. Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as dívidas… Dinheiro!!!… Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor… Pelas crianças feridas ou famintas… Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policiais, carrascos… Se eu tiver sorte, vou me juntar ao Ken…”
This entry was posted on 11/05/2011 at 9:14 PM and is filed under FOTO ENSAIOS with tags abutre, Africa, África do Sul., bizarro, comportamento, continente, corrupção, crítica, criança, curiosidade, depressão, desigualdade, dica, diferente, dinheiro, economia, espaço imoral, exposição, fome, fotografia, fotos, galeria, geraol, história, imagens, Kevin Carter, miséria, morte, negro, notícia, NY, paradigma, portfolio, Prêmio Pulitzer, preconceito, Recurso Fotográfico, reflexão, social, suicídio, Universidade de Colúmbia, vida. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
19/03/2016 às 12:52 PM
Kevin Carter me emocionou só tenho 13 anos e gosto dessas notícias mas essa é a que me comoveu muito
19/05/2011 às 5:28 PM
[…] mais: A Vida, A Morte e As Fotografias de Kevin Carter Esta entrada foi publicada em Dicas e marcada com a tag carter, fotografias, kevin, morte, vida,. […]
16/05/2011 às 5:37 PM
Quando vemos a foto de uma situação desesperadora, é inevitável que a gente pense que o fotógrafo, como ser humano ou cidadão, deveria estar fazendo alguma coisa e não batendo fotos num momento daqueles. Mas se fosse assim, como saberíamos dos fatos em todos os seus detalhes. Uma foto ou vídeo mostra muito mais do que qualquer texto. Então é cada um com o seu papel. O trabalho do fotógrafo é esse. Mas a forma com que ele morreu me leva a pensar numa teoria que diz que a nossa morte é, em geral, determinada pelo que optamos em fazer durante a vida. Ao escolher esse tema para fotografar, ele teve um contato estreito com todo esse desespero e miséria humanos. Teria que ter tido um acompanhamento psicológico para não cair na depressão.
22/05/2011 às 3:22 PM
olá Leila,
com certeza é óbvio que o cara deixou-se levar e se perturbou com o que presenciou e fotografou, confesso não ser digno de julgar suas ações pelo fato de não ter presenciado o mesmo, porém penso que suicídio nunca a resposta, mas enfim, volta a questão do não querer julgar…
de resto, o talento do cara é nítido e de fácil assimilação por parte dos observadores na questão do trazer-nos sentimentos atráves das suas imagens, estas por mais macabras e bisonhas que sejam….
melhor que um psicólogo seria uma mundo em que estes tipos de coisas não acontecessem, não acha?!
re resto, obrigadow pelo comment e um beijo carinhoso.