Ricardo Newton e o Realismo Antropológico
O professor de Desenho e Pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ, Ricardo Newton, é nascido e criado no Rio de Janeiro, e pinta o cotidiano, a urbanidade, o Rio de Janeiro. Com uma estética realista mas que não se fecha em si mesma, sua obra parece estar cheia de reticências, como quem conta a primeira frase da história e espera o interlocutor a completar. Trabalhando normalmente com óleo sobre tela, Ricardo Newton já realizou várias exposições individuais e participou de inúmeras coletivas.
Em sua obra, homem e meio ambiente – e um meio ambiente que é urbano e contemporâneo – dialogam, trocam idéias e se completam formando cenas a primeira vista banais e corriqueiras, mas cheias de significados em si mesmas, que extrapolam a tela. Ricardo nos obriga a olhar o óbvio e repensá-lo, completando as lacunas da compreensão. Trata-se de um realismo antropológico, que para além de retratar o cotidiano, o estuda, esmiuça, procura por novos ângulos de observação da realidade.
Muitas de suas obras, ao invés de cenas, são recortes, lembrando uma pop-arte sem cores chapadas. Ao contrário: suas cores são tropicais, iluminadas, abertas, realistas. Sua obra nos convida a imaginar, quem é esse que beija sob a chuva, que dá as mãos na mesa do bar, que caminha solitário sob a noite carioca. E ao imaginar suas histórias, elas se confundem com as nossas, e nos vemos retratados em nossas idiossincrasias cotidianas…
Portfólio: ricardonewton.com
Portfólio: ricardonewton.com
This entry was posted on 02/08/2010 at 12:01 AM and is filed under PINTURAS with tags aberta, Adriana Almeida, óbvio, óleo, bar, carioca, cenas, chapada, chuva, compreensão, contemporâneo, cores, cotidiano, desenho, detalhes, EBA, Escola de Belas Artes, espaço imoral, estética, exposição, fotografia, fotos, histórias, idiossincrasia, iluminada, imagens, imaginar, interlocutor, lacuna, mãoes, meio ambiente, noite, pintura, pop-arte, portfolio, professor, realista, recortes, reticências, Ricardo Newton, Rio de Janeiro, tela, tropical, UFRJ, urbano. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
04/08/2010 às 8:51 AM
Este espaço já se tornou mais uma porta para eu descobrir novos artistas. Valeu!
04/08/2010 às 10:06 AM
fala Nirvets….,
fico extremamente contente em ler este seu comment, confesso que um dos objetivos deste espaço é justamente firmar-se na Web como um centro de referência de garimpo de novos artistas.
me enche de satisfação saber que estou conseguindo isto junto a uma pessoa tão culta e complexa como você, parte do meu círculo mais íntimo de amigos!!
abrx fortes,
Bronx (&)
04/08/2010 às 1:09 PM
Fico tão feliz quanto o Bronx, e complementando, mais feliz ainda pela minha seleção ter agradado! :))
03/08/2010 às 11:09 PM
[…] Espaço Imoral: Ricardo Newton e o Realismo Antropológico […]
03/08/2010 às 11:01 AM
Nuoossa lindo demais essas gravuras! Estilão “Take on me” do A-ha. Esse eu curti p/ cacete!!!
PArabens mais uma vez pelo excelente post e descrição sempre pertinente like always!
Abração
03/08/2010 às 11:32 AM
hahahah boa essa do A-ha, visto que a arte do cara é tão boa quanto a música!!
quanto aos elogios ao post, tudo graças a Dri e suas sempre pertinentes e interessantes composições!
abrx man
Bronx (7) “desplugo”
03/08/2010 às 12:08 PM
Eu achei super interessante como a pintura dele parece desenho… é tinta óleo mas lembra lápis de cor, da melhor maneira possível: é despretensiosamente complexo na falta de outra definição melhor.
Fico feliz que tenha gostado do artista, e obrigada pelos elogios ao texto! 🙂
02/08/2010 às 3:42 PM
Gostei da imagem “Beijando na chuva”! A paixão faz com que fatores externos deixem de existir pelo menos por um instante.
Luz na mente e Paz no coração.
03/08/2010 às 8:15 AM
fala amigo,
interessante a perspectiva sua, olhando por este lado a imagen cria até uma nova representativadade e talz rsrs
abrx fortes,
Bronx (…)
03/08/2010 às 12:19 PM
A Beijando na chuva, junto com a Promessas, a Escada e Caminhante noturno são as minhas favoritas. São estranhamente familiares e ainda assim, sob uma perspectiva diferente. Literalmente nos vemos retratados, como se fossem retratos do cotidiano só que pintados.
Que bom que gostou! 🙂